O piloto português Ricardo Leal dos Santos (Nissan) terminou, esta quinta-feira, na quarta posição a nona etapa do Africa Eco Race, composta por 445 quilómetros cronometrados entre Aout a Akjoujt, tendo sido o mais rápido entre os 4x4 numa especial extremamente favorável aos buggies.
Nesta tirada da maratona africana de todo-o-terreno, Leal dos Santos deu continuidade ao excelente andamento já evidenciado em etapas anteriores.
“Infelizmente não começámos bem já que, depois de termos passado vários dos carros que partiram à nossa frente, houve um buggy que teimou em não nos deixar passar e, numa das tentativas, acabámos por furar duas rodas. Para além do tempo que perdemos, passámos a ter apenas uma roda suplente até ao final de uma etapa que se adivinhava bastante complicada”, começou por relatar Ricardo Leal dos Santos, que, apesar desta contrariedade, chegou a CP1 em quinto lugar, a apenas 2m08s do então líder da etapa.
“Este é mesmo um Dakar à moda antiga e tanto o traçado como a navegação são escolhidos com um elevado grau de dificuldade. É uma característica desta corrida. A travessia das dunas era mesmo difícil e poucos devem ter sido os concorrentes que não atascaram. Claro que para os buggy, muito mais leves, isso não é um problema tão complicado, mas nós também lá ficámos e foram muitos minutos a cavar”, acrescentou o piloto luso.
Em virtude desta paragem, a dupla formada por Leal dos Santos e Maykel Justo desceu temporariamente para a sexta posição, em CP2, a 23m06s do líder da corrida.
“Apesar da nossa preocupação por termos apenas um pneu suplente, o que nos obrigava a fazer as zonas com pedras de forma muito cautelosa, conseguimos ser sempre muito rápidos e eficazes”, referiu o participante lusitano.
A equipa BAMP, que inscreve uma Nissan Navara V8, acabou por recuperar até ao final da especial cronometrada mais de 10 minutos para o líder da corrida, terminando a escassos 1m20s da terceira posição, depois de mais de cinco horas e meia de competição.
A 10ª etapa do Africa ECO Race, que será de novo uma “boucle”, terá partida e chegada a Akjoujt, incluindo 379 quilómetros cronometrados, os quais serão novamente marcados pela presença de muitas dunas.
