O constante adiamento por parte da Renault, imposto pelo governo francês, na aceitação da proposta da Fiat Chrysler Automobiles (FCA) visando uma fusão desta com a Renault, levou a que os italianos da Fiat anunciassem a retirada da proposta da fusão. De acordo com a agência France Presse, a FCA retirou a sua oferta de fusão com a Renault depois de o conselho de administração da fabricante francesa ter voltado a adiar a sua decisão sobre a proposta.

Podendo esta decisão agora anunciada funcionar como uma forma de pressão sobre os responsáveis franceses, a verdade é que a decisão de retirar a proposta de fusão, em caso de recuo, deixará o lado italiano desta equação pelo que o mais provável é que este dossiê seja msmo encerrado sm que seja constituído o terceiro maior grupo automóvel como esteve à beira de acontecer.

“A Fiat retira a sua oferta. Já não existe uma proposta sobre a mesa”, afirmou uma fonte próxima do processo, citada pela AFP. Entretanto, e de acordo com o anúncio feito em comunicado pelo construtor francês, o conselho de administração da Renault, reunido quarta-feira pelo décimo dia consecutivo para analisar a proposta de fusão com a Fiat Chrysler, não tomou uma decisão a pedido do Estado francês: “O conselho de administração não pode tomar uma decisão devido ao desejo expresso pelos representantes do Estado francês de adiar a votação para uma reunião posterior.” 

O anúncio feito pela Renault ocorreu depois de uma nova reunião de seis horas do conselho de administração nos arredores de Paris e um dia depois de uma reunião semelhante também ser inconclusiva. Desta feita, antes do final da reunião de ontem, uma fonte próxima do processo tinha adiantado que a Fiat Chrysler e o governo francês tinham chegado a um acordo provisório sobre os termos da possível fusão com a Renault.

Recorde-se que uma fusão iria criar a terceira maior empresa do sector automóvel, apenas atrás da Volkswagen e da Toyota, e poderia reformular a indústria automóvel, numa altura em que os fabricantes estão numa corrida para produzir veículos elétricos e autónomos. Tal como o LusoMotores deu conta oportunamente, a FCA propôs no passado dia 27 de Maio um plano de fusão à francesa Renault para criar uma empresa no valor de quase 40 mil milhões de dólares, que produziria cerca de 8,7 milhões de veículos por ano, a ser detida essa nova empresa em 50% pelos accionistas da FCA e em iguais 50% pelos accionistas da Renault, devendo aquela entidade ser cotada nas bolsas de Paris, Nova Iorque e Milão.

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