Há quanto tempo não vê a pressão dos pneus do seu automóvel? Sabe as consequências para a sua segurança e daqueles que andam na estrada derivadas dos descuidos grosseiros com o estado dos pneus?

A questão colocada sobre a realidade dos pneus pode dar o mote para uma análise mais atenta ao componente do automóvel que permite o seu único contacto efectivo com a estrada, algo que resulta, afinal, da mais avançada tecnologia que combina com a máxima precisão um conjunto de materiais que pode ir até 15 compostos diferentes de borracha, até 20 ingredientes por composto e cerca de 30 componentes diferentes.

Com isto, encontramos então o pneu, que deve conseguir conter um volume de ar comprimido capaz de suportar a carga que lhe é imposta, participa na suspensão do veículo absorvendo parte das irregularidades da superfície da estrada, possuindo ainda a capacidade de mudar e manter a direcção do veículo e transmitir tracção e força de travagem na superfície da estrada.

Uma pressão do ar errada resulta num pior comportamento do pneu, com consequências negativas para a segurança de todo o veículo, mas também para os níveis de consumo do mesmo.

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Três tipos de piso nos pneus

Olhando para a realidade do pneu podemos encontrar diversos componentes conforme a zona analisada, sejam os ombros, o piso, a parede lateral, a zona no talão ou revestimento butílico. A atenção normal das pessoas centra-se no entanto no piso, talvez por ser efectivamente a parte que contacta com o solo. O piso pode ser simétrico, direccional ou assimétrico, possuindo cada um deles os seus pontos fortes. Assim, um pneu simétrico possui maior versatilidade, boa performance global e pode ser utilizado em quase todas as aplicações.

Já um pneu com um piso assimétrico, permitindo igualmente uma performance global muito boa, tem uma boa imagem, obrigando na montagem a atenções especiais, nomeadamente a seguir a orientação por forma a que a indicação “outside” esteja sempre virada para o lado exterior do veículo.

Por fim, e em relação ao piso direccional, apresenta um piso visualmente agressivo, sendo a melhor opção quando se pretende performance em aquaplaning e aderência em superfícies molhadas. Também aqui na montagem há questões a considerar, isto porque não se poderá inverter o sentido de rotação assinalado na parede lateral.

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Leituras nas paredes laterais

Uma última referencia à forma como podemos “ler” algumas das indicações na paredes laterais do pneu, nomeadamente as suas medidas. Assim, para um pneu em que encontremos a indicação “205/55 R16 91 H” ficamos a saber que a largura da secção do pneu é de 205 mm, o 55 indica a relação de aspecto, que resulta da divisão da altura da secção pela largura de secção multiplicando esse resultado por 100, e o R dá-nos conta de que se trata de um pneu radial.

O 16 tem a ver com o diâmetro da roda ou da jante em que se monta o pneu medido em polegadas, surgindo ainda o 91 com o índice de carga e o H é um símbolo de velocidade, que indica a velocidade máxima a que um pneu pode rodar suportando a carga correspondente ao seu índice.

Estas e outras indicações relativas ao seu automóvel poderão sr encontradas por aqui, também na “Consilcar Magazine” na sua edição impressa, revista trimestral editada pela LusoSaber, mas também na redes sociais nomeadamente pela presença daquela publicação no facebook, ou ainda através da presença online no website LusoMotores, parceiro da “Mag” em www.lusomotores.com.

texto: Jorge Reis

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