O sistema de condução autónoma Autopilot da Tesla ficou em 6º lugar num total de 10 sistemas analisados. O Autopilot recebeu nota negativa na capacidade de manter os condutores envolvidos, tendo sido apenas 36 pontos recolhidos pelo sistema da marca americana, devido à incapacidade de manter o condutor focado na estrada. Por outro lado, foi o melhor sistema no que toca á performance e capacidade de reagir às emergências, acabando com uma pontuação final de 131 e uma classificação de “moderado”.

Em contraste, o sistema do Mercedes GLE recebeu uma pontuação de 174 e a classificação de “muito bom”, com 85 pts para o envolvimento do condutor. A maioria dos outros veículos registou uma pontuação de 70 ou acima para este item de manter o condutor focado na estrada.

A EuroNCAP levou a cabo, pela primeira vez, um teste aos sistemas de ajuda a condução e nas tecnologias que tornam autónomas certas tarefas como a aceleração, travagem e apoio à direção. E isto com a intenção de avaliar de forma correta estas ajudas que muitos condutores pensam ser sistemas verdadeiramente autónomos, até pelos nomes dados aos sistemas: Autopilot (Tesla), Propilot (Nissan) e Co-Pilot (Ford). 

Recordamos que a Tesla foi amplamente criticada pela autoridade nacional dos EUA para a segurança rodoviária, por permitir que os condutores possam distrair-se e deixar tudo entregue ao carro – havendo muitas filmagens de quem se sente no banco do pendura e filme o carro a andar sozinho – estando a investigar 15 acidentes desde 2016, envolvendo veículos Tesla equipados com o Autopilot.

Para Matthew Avery, membro da direção da EuroNCAP e diretor de pesquisa da Thatcham Research, infelizmente “há condutores que acreditam que podem comprar um carro autónomo hoje. É um perigoso convencimento que oferece demasiado controlo aos veículos que ainda não estão prontos para isso.”

E se o Mercedes GLE, o BMW Série 3 e o Audi Q8 receberam uma classificação de “muito bom”, já o Renault Clio e o Peugeot 208 ficaram no lado oposto com baixas classificações.