Leal dos Santos nono em etapa duraO piloto português Ricardo Leal dos Santos (Nissan) terminou, esta sexta-feira, na nona posição a 10.ª etapa do Africa Eco Race, entre Aout a Akjoujt, composta por 445 quilómetros cronometrados.

Naquela que pode ser considerada a mais difícil etapa desta prova de todo-o-terreno e uma das mais difíceis em que Leal dos Santos participou, a dupla luso-brasileira que se apresenta aos comandos da Nissan Navara V8, inscrita pela equipa BAMP, completou os 379 quilómetros cronometrados da “boucle”, que teve partida e chegada a Akjoujt, no nono posto, depois de uma jornada extremamente atribulada.

“Foram-nos propostas dunas incríveis para serem ultrapassadas. Eram dunas de areia mole, muitas das vezes quebradas e com um enorme degrau à saída. E quando falo de enorme estou a falar de paredes com mais de um metro de altura. Os buggy atiram-se para a frente porque quando caem o primeiro impacto no solo são as rodas da frente. Connosco isso é impossível e obriga-nos a fazer manobras que muitas vezes têm como consequência ficar atascados”, comentou Ricardo Leal dos Santos.

Leal dos Santos nono em etapa dura

Juntamente com o seu navegador, o brasileiro Maykel Justo, o piloto lusitano foi por diversas vezes “travado” numa progressão que, com vem sendo habitual desde que foram resolvidos os problemas mecânicos na sua Nissan V8, o tem colocado entre os mais rápidos da corrida.

Leal dos Santos referiu ainda que um dos problemas acrescidos que a dificuldade do traçado implica “são as aglomerações de carros parados a tentarem resolver o seu problema o mais rapidamente possível”: “Da nossa parte, como já não estamos a lutar por um resultado absoluto, essa situação não se coloca, mas a pressão nestas ocasiões leva a cometer muitos erros ou a ser imprudente”.

“Numa dessas «reuniões» de muitos carros, um dos concorrentes que está numa das primeiras posições no rali tentava sair de uma zona mais complicada, enquanto nós aguardávamos à distância pelo desenrolar da situação. A determinada altura começa a fazer, sem reparar, uma marcha atrás violenta em direcção à nossa Nissan que me obrigou a recuar também de forma apressada. Resultado: ficámos nós atascados por longos minutos”, relatou o português.

Leal dos Santos nono em etapa dura

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